TURISMO PEDAGÓGICO
Segundo Dencker (2002), Pode-se conceituar o turismo pedagógico como o ensino do
turismo em escolas de nível básico, fundamental e médio, objetivando esclarecer aos
estudantes conceitos relacionados à atividade, através de aulas onde serão apresentados os
termos da área, a importância da qualidade na prestação de serviços, os impactos positivos e
negativos do turismo, dentre outros temas pertinentes à disciplina. Além disso, o turismo
pedagógico tem como intuito promover relações com o ambiente, objetivando a geração de
novos conhecimentos, de forma dinâmica e participativa.
O ensino do turismo pedagógico propõe atividades diferenciadas das convencionais,
sugerindo aos alunos, maior vontade de aprender, tornando assim o processo de ensino mais
agradável, despertando o interesse dos alunos e motivando os professores, além de demonstrar
a realidade de uma região.
Sendo assim, destacamos a importância do turismo pedagógico, como uma forma de
despertar a curiosidade dos alunos, uma vez que o aprendizado depende do interesse pelo
objeto e estudo. Através dessa ferramenta de ensino os alunos terão, ainda, a oportunidade de
observar, indagar e interagir com o objeto de estudo.
Atualmente, as mudanças paradigmáticas nos contextos das relações humanas, em que
o desenvolvimento técnico científico impõe o seu rigor surge uma nova demanda de pesquisa
sobre esse tema. Apesar das diversas literaturas que tratam do turismo, em suas diversas áreas
de abrangência, existem poucas referências bibliográficas sobre o turismo pedagógico.
Entretanto, é crescente o interesse por esta vertente do turismo cultural, haja vista a ampla
quantidade de estudos de casos que podem ser encontrados na internet, descrevendo o sucesso
do turismo pedagógico em alguns estados brasileiros.
Convém destacar que existe uma carência de profissionais especializados no setor, que
trabalhem em parceria com o corpo docente das instituições educacionais. Desta forma,
espera-se contribuir com a reflexão sobre a importância da inserção do turismo pedagógico
nas escolas, fomentando o desenvolvimento sustentável do turismo nos destinos.
As universidades deveriam levar mais esse conceito aos futuros turismólogos e criar
essa visão de que o turismo pode ser trabalhado como educação. As escolas deveriam investir
mais na prática do turismo pedagógico, no sentido de motivar os alunos à compreensão crítica
de seu entorno social, abordando temas como: meio ambiente, cidadania, ética, etc.
Ao desenvolver projetos interdisciplinares, tendo como eixo norteador a prática do
turismo, as escolas podem, certamente, facilitar o processo de ensino-aprendizagem, na
medida em que o aluno se torna capaz de experienciar o conhecimento transmitido em sala de
aula. O turismo não pode ficar restrito às "paredes da sala de aula", pois exige o deslocamento
dos indivíduos a ambientes específicos. Segundo Ansarah (2002), esse fator está diretamente
relacionado a dois pilares da educação contemporânea:
1. Aprender a conhecer: pressupõe-se criar, no aluno, o senso investigativo, próprio da
pesquisa, tornando-o capaz de selecionar, acessar e integrar os elementos de uma
cultura geral, com espírito investigativo e visão crítica. Em resumo, significa
desenvolver, no educando, a capacidade de aprender a aprender ao longo de toda a
vida, isto é, conceber o conhecimento como um processo em construção, desenvolvido
em vários ciclos de aprendizagem.
2. Aprender a fazer: pressupõe desenvolver a competência do saber trabalhar em grupo,
ser capaz de resolver problemas e adquirir uma qualificação profissional. Esse pilar da
educação privilegia a aplicação da teoria na prática, visando à articulação entre os
saberes escolares e os contextos sociais que o aluno encontra fora do espaço escolar.
Observa-se, portanto, que turismo e educação estabelecem um diálogo contínuo, tendo
como base a interdisciplinaridade como processo de integração e engajamento dos educadores
num trabalho conjunto, integrando as disciplinas do currículo escolar em busca da construção
de um conhecimento global. É preciso que as escolas percebam as potencialidades do turismo,
utilizando-o como subsídio didático-pedagógico para motivar os alunos à construção de
competências, articulando o conhecimento escolarizado à prática social. E a partir dessa
percepção, as universidades se unam para juntas trabalharem nesta nova área que tende a cada dia se desenvolver mais.
Diante do exposto, restam ainda muitas questões a serem estudadas e analisadas pelos
responsáveis pela educação, pela atividade turística e principalmente, pela a população de um
local. Sendo assim, enquanto não houver vontade de mudar, de melhorar a qualidade do
ensino das escolas e das universidades no que tange o assunto turismo , será impraticável
uma conscientização das pessoas em relação aos fatores que formam esta atividade.
Com o crescimento do turismo, gerando o crescimento da economia, apareceram
novas oportunidades de empregos, aumentando o campo de trabalho. O que ficou para trás foi
à necessidade destes novos empregados terem conhecimento do que e a atividade turística, a
fim de desempenhá-la da melhor maneira possível. Este fator, é que impulsionou o desenvolvimento deste artigo, pois sem educação e conhecimento é difícil que se desenvolva uma atividade turística de forma sustentável. Contudo, espera-se que haja maior conscientização da população, bem como dos órgãos públicos em investir em educação, pois este sim, e a maior riqueza de um individuo.
Referência:
Google: http://www.periodicodeturismo.com.br/site/artigo/pdf/TURISMO%20E%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20DOIS%20ALICERCES%20INDISPENS%C3%81VEIS.pdf
Referência:
Google: http://www.periodicodeturismo.com.br/site/artigo/pdf/TURISMO%20E%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20DOIS%20ALICERCES%20INDISPENS%C3%81VEIS.pdf